Quebra da FTX não tem a ver com o modelo de negócio das corretoras cripto, diz Larry Summers - #28
Especialistas afirmam que o problema foi a gestão fraudulenta de um ótimo negócio
Quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Olá,
O colapso da FTX, terceira maior corretora de criptoativos do mundo, deixou investidores de venture capital em dúvida: quanto dessa crise se deve a possíveis fragilidades do modelo de negócio das empresas de cripto? Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos e ex-presidente da Universidade Harvard, afasta esse temor. “Isso provavelmente tem menos a ver com a regulação de cripto e mais com princípios muito básicos, que remontam aos escândalos financeiros que aconteciam na Roma Antiga”, afirmou à Bloomberg. “Pelo que estou vendo, tem cheiro de fraude”. Summers comparou o caso à quebra da Enron, em 2001. Naquela época, não era um problema das empresas de energia. Agora, não é um problema das empresas de cripto.
David Pakman, diretor da empresa de venture capital CoinFund, disse a mesma coisa ao TechCrunch. “A quebra (da FTX) se deveu a um monte de decisões erradas, não a um negócio mal-feito. A empresa era altamente lucrativa e estava crescendo, mesmo em um mercado em crise. A tecnologia não falhou, o blockchain não falhou, os smart contracts não foram hackeados. A parte cripto continuou funcionando brilhantemente”.
Para aumentar a confiança no mercado brasileiro de criptoativos, o Banco Central e a CVM pediram urgência na aprovação do projeto de lei das criptomoedas – e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que pretende colocar em votação ainda esse ano. Segundo o BC, o mercado de criptoativos no país já movimenta BRL 300 bilhões – quase metade do total movimentado pela Bolsa.
Economia Verde:
Na COP-27, conferência sobre assuntos climáticos da ONU, três das maiores exportadoras de commodities do Brasil (Marfrig, Suzano e Vale) e três bancos (Itaú Unibanco, Rabobank e Santander) lançaram a Biomas. O projeto tem a meta de alcançar, em duas décadas, 4 milhões de hectares de matas nativas protegidas em diferentes biomas brasileiros, como Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado – uma área tão grande quanto o estado do Rio de Janeiro.
Além da área total, chama atenção a natureza do projeto: é uma empresa. A intenção é dar lucro. Cada sócia vai aportar BRL 20 milhões, para os primeiros anos da Biomas, mas o plano é bancar a operação com a venda de créditos de carbono.
O mercado de venda de créditos de carbono é disputado por startups como as brasileiras Moss.Earth (investida pela G2D via The Craftory), Carbonext e EcoCart. Segundo o banco Citi, o mercado de créditos de carbono equivale a USD 1 bilhão e pode alcançar USD 100 bilhões por volta de 2030.
Web3:
Amanhã (18/11) a Nike começa a aceitar usuários na .SWOOSH, sua plataforma de Web3. É um ambiente para pessoas criarem, colecionarem, comprarem e venderem vestíveis virtuais (para usar em personagens de jogos ou avatares), além de formar comunidades e interagir com a empresa. Uma rede social temática. Como costuma acontecer com as redes sociais, os primeiros membros serão convidados. Você pode acompanhar a evolução do projeto em um blog da Nike no Medium. A Nike é de longe a grife que mais ganha dinheiro na plataforma Ethereum, com cerca de USD 180 milhões de receita no comércio de NFTs – a segunda colocada, Dolce&Gabana, fica em torno de USD 23 milhões.
Novidades do nosso portfólio:
O estúdio de design Milk42 e a Moss.Earth lançaram um projeto de negativação de carbono com blockchain. Na compra de qualquer camiseta e futuros produtos do studio, o cliente irá ativar um token que negativa seu impacto mensal de carbono no meio ambiente. A G2D investe na Moss via The Craftory.
A Quero Educação tem uma nova Chief Marketing Officer: Jessica Brihy. A executiva tem uma década de experiência como diretora de marketing da Unip, e duas décadas de experiência em empresas de ensino, com passagem pelo Colégio e Curso Objetivo. A Quero Educação é um investimento direto da G2D.
G2D recomenda:
Notícia - Estamos abrindo o Pix para outros países
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, anunciou a intenção de liberar, ainda em novembro, protocolos do Pix para outros países poderem copiar, gratuitamente. O Brasil se tornou um líder mundial em pagamentos digitais. Ao exportar essa tecnologia, o país facilita o caminho para nossas fintechs se internacionalizarem também.
Infografia - Como as big techs diversificam seus negócios
O site Visual Capitalist reuniu gráficos que mostram a estrutura de negócios de cinco bigtechs, após o IPO: Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet e Tesla. Fontes de receita, fontes de despesa, margem de lucro, tudo vem organizado em imagens claras – como essa a seguir, da Alphabet.
Após o IPO, as cinco marcas se tornaram muito mais complexas, com frentes de negócio variadas. Isso seria esperado para empresas de IPO mais antigo, como Apple (1980) e Microsoft (1985). Mas também se observa na Tesla. A empresa de Elon Musk continua bastante apoiada em carros elétricos, mas diversificou para áreas como armazenamento de energia e locação de automóveis.
É interessante comparar esse raio-x das empresas com outro gráfico, também do Visual Capitalist, que mostra a evolução do valor de mercado das empresas que alcançaram algum dia a marca de USD 1 trilhão: Apple, Aramco, Microsoft, Alphabet, Amazon, Tesla e Meta. Amazon e Tesla, com fonte de receita mais concentrada, hoje valem menos de 1 tri. Microsoft e Apple, mais diversas, continuam crescendo.
e-Book - Como aproveitar a tecnologia para criar um Brasil melhor, por Silvio Meira
Silvio Meira, presidente do conselho do Porto Digital e um dos melhores futuristas do país, acabou de lançar Estratégia para um Brasil Figital. Nesse ebook gratuito, ele reflete sobre a integração entre os mundos físico e digital: como o figital permite um mundo melhor e o que a sociedade pode fazer para incentivar isso.
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