O que o relatório de riscos do Fórum Econômico Mundial fala sobre o Brasil - #36
O Global Risks Report 2023, feito pelo Fórum Econômico Mundial de Davos, identifica crises e oportunidades nos próximos anos
Quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
O Fórum Econômico Mundial (WEF), que está acontecendo em Davos, lançou o Global Risks Report 2023. O documento identifica as principais crises do planeta, estima a gravidade delas e mapeia as interligações entre elas. Está tudo reunido em um pdf de 98 páginas, repleto de planilhas e notas de rodapé. Se você gosta de venture capital, é um documento ótimo para maratonar e pensar em soluções para grandes problemas.
98 páginas? Resume para mim: o que falam sobre o Brasil?
Secas e a queda na diversidade de insetos ameaçam a agricultura brasileira.
A perspectiva de inflação nos próximos dois anos preocupa (mas essa preocupação é global e há países muito mais preocupados, como a Argentina).
Países emergentes ficaram expostos à saída de capital estrangeiro, apesar de a política monetária em países como o Brasil ter ajudado a minimizar esse efeito.
Nossa eleição presidencial foi decidida pela menor margem desde a redemocratização, num sinal de divisão política.
Ondas de calor e secas desestabilizaram a oferta no curto prazo de energia verde (como a fornecida por biocombustíveis e hidrelétricas).
Em resposta à instabilidade da cadeia global de suprimentos, o Brasil aumentou a produção de lítio, terras raras e níquel, mas continua dependente de outros países para cobre e cobalto, e também para o refino desses recursos.
Quais são as 5 principais preocupações no Brasil?
O WEF pediu para executivos identificarem suas cinco maiores preocupações no país onde trabalham, em uma lista de 35 opções. O resultado no Brasil foi:
Inflação
Proliferação de atividade econômica ilícita
Disputas geoeconômicas (como sanções comerciais e guerras tarifárias)
Choques de preços de commodities
Emprego (estagnação salarial, desemprego, subemprego, erosão de direitos trabalhistas, descasamento entre oferta e demanda de mão de obra, entre outros)
Web3
O Banco Central anunciou a criação de um novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, com blockchain, para meados de 2024. Ele permitirá a execução de contratos inteligentes, impossível no SBP atual. A compensação de transações financeiras e a transferência de ativos passarão a acontecer simultaneamente – hoje, são processos complementares mas descasados.
Economia Verde
Um estudo da Datassential nos Estados Unidos mostrou o avanço de carnes e leites de origem vegetal, como aqueles produzidos pela NotCo (uma empresa do portfólio da G2D, via The Craftory). O uso do termo “plant-based” nos cardápios de restaurante cresceu mais de 2.800%, nos últimos 4 anos. Quase um terço dos entrevistados (29%) afirmou que está comendo menos (ou nenhuma) proteína animal. Cerca de dois terços (65%) afirmam que comer menos carne pode ajudar a combater o aquecimento global.
Portfólio
A CERC atingiu a marca de R$ 1 trilhão em recebíveis de cartões de crédito, um ano e meio depois de seu sistema entrar em funcionamento. A fintech é líder do mercado brasileiro de registro de pagamentos, com uma fatia de cerca de 80%. A G2D tem investimento direto na CERC.
A marca de fraldas ecológicas Dyper ganhou da revista Inc. o prêmio Best in Business na categoria Bens de Consumo, na área de impacto Sustentabilidade. A Inc. é uma das mais importantes revistas de empreendedorismo dos Estados Unidos, e seu prêmio Best in Business tem o slogan “Empresas que põe propósito acima do lucro”. A G2D investe na Dyper, via The Craftory.
G2D recomenda:
Entrevista - João Moreira Salles e a Amazônia
“A maioria das coisas que as pessoas pensam em produzir na Amazônia é inviável. Chove muito, o solo é pobre. As pessoas derrubam a floresta, tentam e desistem, então hoje você encontra 17 mil quilômetros quadrados de terra abandonada”. Autor do livro-reportagem Arrabalde, o documentarista João Moreira Salles conversou com o jornalista Pedro Bial sobre o milagre da vida na floresta.
Artigo - Eu, robô
Na Consumer Electronic Show (CES), feira de produtos para o consumidor, a German Bionic apresentou um exoesqueleto que permite às pessoas levantar 30 quilos a mais. Com a força de uma máquina e a destreza de um humano, os exoesqueletos vencem dificuldades encontradas hoje por robôs autônomos.
Artigo - Como vai seu dinheiro?
A Economia Comportamental avançou bastante em documentar nossos vieses cognitivos na hora de investir. Mas não tanto na hora de gastar o dinheiro, diz Morgan Housel, ex-colunista do The Wall Street Journal, no artigo The Art and Science of Spending Money. Ele organiza e dá contexto a comportamentos como “gastar para preencher uma carência psicológica”, “viver para ganhar dinheiro, mais do que ganhar dinheiro para viver” ou “o prazer de gastar dinheiro é inversamente proporcional à riqueza acumulada”.
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